17.8.06

ISEA2006

Neste momento em que as exposições de arte e tecnologia no mundo ganham a pecha de “espaços de entretenimento”, talvez seja pertinente analisar o que aconteceu recentemente em San Jose, Califórnia. ZeroOne San Jose foi uma constelação de eventos ligados ao décimo terceiro encontro bianual do ISEA (Inter-Society for the Electronic Arts), que terminou dia 13. Houve uma preocupação com o espaço público, conflito de culturas e o meio ambiente, categorias que poderiam pautar mais eventos dessa natureza. Um exemplo é o trabalho da artista Beatriz da Costa, que transformou 20 pombos (ratos voadores?) em medidores de poluição (veja uma boa análise sobre esse trabalho na revista Plenty). Outro trabalho digno de nota é The Long March, de Lu Jie, uma citação à marcha de Mao, mas com o intuito de avivar no mesmo percurso pré-revolucionário algumas produções locais de arte. Aparentemente, o diletantismo heteróclito das “práticas desviantes” foi substituído por uma heterodoxia pura e simples, que contrapõe as simetrias nefastas da sociedade moderna por proposições complementares. Há boas coberturas do evento em digitalcommons e on walls and other spaces.

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