31.7.06

Fantastika


Na terça-feira, 8 de agosto, no Bar Balcão (Rua Dr. Melo Alves, 150) será o lançamento do número especial da revista "Ficções" dedicado à ficção científica, com contos de Braulio Tavares ("A Propósito da Difração Quântica nas Regiões Periféricas da Consciência"), Simone Saueressig ("Um Dia Perfeito para um Piquenique"), Jorge Luiz Calife ("Mergulho nas Bahamas"), Gerson Lodi-Ribeiro ("Bárbaros nos Portões"), Roberto de Sousa Causo ("Brasa 2000"), Carlos Orsi Martinho ("O Colosso de Bering") e Fábio Fernandes ("Charlotte Sometimes"). Enquanto isso, no Film Society of Lincoln Center, em Nova York, acontece o From the Tsars to the Stars: A Journey Through Russian Fantastik Cinema, um festival de filmes russos de ficção científica (quando alguém aqui no Brasil vai ter essa idéia?).

UPDATE (11/08): Pedro Markun manda avisar que aconteceu um festival de desenhos animados russos no Sesc.

28.7.06

Dobras Matemáticas


Incrível. Ignorado pela mídia um dos eventos mais inusitados do momento. E é aqui no Brasil! Acontece nesse momento a Primeira Exposição Internacional de Tessellations, no Jardim Botânico de Brasília. Basicamente os artistas usam técnicas de origami em papel manteiga e dobradura poligonal na construção de padrões que avançam em ângulos retos e paralelos. Um dos artistas mais interessantes é Eric Gjerde, que tem um incrível set no Flickr. Jane Araújo representa o Brasil. Parabéns aos organizadores e participantes!

27.7.06

Análise Comparada


Um pequeno exercício de pareidolia no campo da arte: acima, Eden, de Jon McCormack; abaixo, Captain Freedom, de David Szafranski. Ok, isso não é bem uma pareidolia, mas...


UPDATE1 (28/07): Régine resenhou "Eden" em WMMNA, o melhor blog de arte e tecnologia do mundo!
UPDATE2 (1/08): Paul Prudence conversa com Szafranski. Teoria das conversações. É dada a fonte: Truchet.

26.7.06

Sangue Bom

Quem disse que todo videogame é shoot ‘em up’? The Endless Forest vai à contramão do gore. Ruth Catlow e Marc Garrett associam o jogo a um espaço para performances. Ainda na linha dos games, Justin Hall apresenta de forma hilária o seu Passively Multiplayer Online Game.

24.7.06

Morte de Neurônios

Usman Haque lamenta a perda de um de seus neurônios sônicos. O pessoal bateu forte na noite de abertura de Emoção Art.ficial 3.0. Marius Watz, autor da foto, tem outras no Flickr.

Ledo e Ivo


Otto Rössler escreve coisas esquisitas, como o paper "Intelligent Computerized Dolls as Companions in Old Age". Como não lembrar do projeto Starstruck, de Elaine Lee e M. Kaluta (imagem acima)? Por falar em cibernética, alguém se lembra daquele famoso manifesto de Jaron Lanier? Que trem de enganos! Primeiro ele confunde cibernética com IA; depois diz que a cibernética anula a subjetividade. Acho que ele nunca ouviu falar de Heinz... No fundo, ele usa a palavra como sinônimo de "informática/computação".

A Terceira Cultura


Nova revista sobre arte contemporânea... Vale conferir. Tomara que siga a lição de Bateson: criar novas hipóteses sobre induções históricas e científicas.

21.7.06

Lousa da Mente


Objeto = Universo - Observador. Trem cartesiano de questionamentos. Quem presenciou a palestra de Otto Rössler ontem virou um filósofo. Abaixo, evento legal na Pop.

20.7.06

Dr. Wires World


Dr. Wires, I presume? Esse projeto de Paul Pangaro é impagável. Seria a encarnação de Gordon Pask tomando de assalto o programa Beakman's World. Pangaro é um dos poucos especialistas em cibernética da face da Terra. Requer coragem mostrar um currículo com a palavra “ciberneticista” ao invés de “designer de inteligência artificial” ou mesmo “designer de web semântica”. Os ciberneticistas não têm a pretensão de responder perguntas. Eles as fazem. Pois sabem que apenas as questões que não podem ser decididas são as que podem ser decididas. Sutileza de uma mente de cristal: as questões que podem ser decididas já estão decididas de antemão. Pangaro fala amanhã e sábado no Simpósio Emoção Art.ficial - Interface Cibernética.

Pun

Coisas de Brandão...

19.7.06

Informação é Natureza


O trabalho de Paul Prudence (do obrigatório dataisnature) está causando espécie. Numa primeira análise, as formas do artista britânico lembram um "screen saver". Análise rasteira. A simulação do video feedback no VVVV produz a "interface de uma interface". Prova de que o giro cibernético está entranhado nas diversas formas modeladas pela Mãe Natureza.

18.7.06

Overture!


Hoje finalmente começa EA3.0! Marius Watz, fera da arte generativa, montou um incrível set no Flickr.

17.7.06


Uma das palestras do Simpósio Emoção Art.ficial 3.0 – Interface Cibernética será proferida por Jasia Reichardt, curadora da exposição “Cybernetic Serendipity” (ver o link do post abaixo), ocorrida em Londres, logo após o Summer of Love. O EA3.0 não é uma re-encenação; é uma homenagem.

EA3.0 em Progresso


O trabalho de Usman Haque é filosófico. Ou melhor, ontológico. Ontológico? Ainda não... Seria melhor dizer que Evolving Sonic Environment aplica o conceito de ontogênese (como as coisas se tornam o que são) por meio de uma sociedade de caixas de som especiais que emitem "tons de Tartini", uma freqüência que oscila entre 14KHz e 16KHz. Dizem que apenas crianças e animais conseguem distinguir "batimentos" dentro dessa faixa. Então, abençoai as feras e as crianças! Na foto, o psicólogo e co-autor Rob Davis ajusta o sistema de visualização de informações, para tornar visível o invisível, ou, como foi dito brincando: jogar poeira no vento. A intenção dos artistas é citar Gordon Pask que, durante os anos 60, criou peças de arte reagentes. “The Colloquy of Mobiles”, que foi mostrada na exposição Cybernetic Serendipity, é a peça de resistência do grande ciberneticista. Os próximos passos de Haque (em conjunto com Paul Pangaro) é simplesmente recriá-la, levando em consideração o atual contexto histórico.

A bateria de baterias dos "cãezinhos adestrados" de France Cadet.

Os autômatos celulares de McCormack se preparam para entrar em campo...


...enquanto Romy Achituv "recita" o poema "Te, Converso", de Evan Zimroth (traduzido por Marcus Bastos). Somos sinônimos / Para o quebra-galho / Da sintaxe, / E mesmo que vire nada: / É só papo.

15.7.06

Robôs Caninos e Imunoglobulinas

Heinz von Foerster: Os robôs podem operar como entidades que possuem autoconsciência?
Maturana: Sim, os robôs podem operar desta maneira se forem construídos apropriadamente e se tiverem uma história de interações apropriada. (Em "The origin and conservation of self-consciousness. Reflections on four questions by Heinz von Foerster". Maturana, H. (2005) para Kybernetes vol.34)


Uma extensão desse curioso diálogo acontecerá no próximo dia 21, na mesa "Seres Humanos, Reflexões e Máquinas", parte integrante do Simpósio Emoção Art.ficial 3.0 - Interface Cibernética. Na ocasião, Nelson Monteiro Vaz (discípulo do neurobiólogo chileno Humberto Maturana) e France Cadet (artista francesa que trabalha na borda de arte robótica) comentarão sobre uma possível linguagem unificada que descreva organismos vivos e máquinas auto-reguladoras.

10.7.06

Orange Chaos

Jose Luis Aragon, da Universidade do México, descobriu que alguns quadros de Van Gogh, como "Noite Estrelada" (1889)...

...retratam com precisão estruturas matemáticas da turbulência, tema caro aos cientistas do caos.

4.7.06

Valeu, Régine!

EA3.0 no WMMNA!

Inversão

Mark Jenkins ataca agora com...


...storkers vestidos. (Valeu, May Shida!)

Arte Bruta Também Ama

No dia 6 de julho será inaugurada em Montevidéu, Uruguai, a exposição Con Los Ojos Del Otro, fruto de uma parceria entre o Centro Cultural de España e o consulado da Espanha em São Paulo. Com a curadoria de Agnaldo Farias, a mostra pretende fazer um apanhado da arte contemporânea brasileira, inclusive mostrando alguns artistas que trabalham na borda da arte tecnológica.


Recentes reflexões nos tomaram de assalto. Nada a ver com a exposição uruguaia, mas com o estado da arte. As artes visuais estariam “vendidas”, assim como os fantasmas que rondam o maior espetáculo da FIFA? Panamarenkos e Panenkas, where are you? A pergunta não é uma provocação propriamente dita, mas a lamentação de uma possível perda de paixão. Em recente entrevista, o escritor de ficção científica Richard Calder cita um termo de sua autoria: "Outsider Art". A expressão é o sinônimo perfeito de "Art Brut", descrita pelo saudoso Jean Dubuffet como: (...) works created from solitude and from pure and authentic creative impulses - where the worries of competition, acclaim and social promotion do not interfere - are, because of these very facts, more precious than the productions of professions.


Pois então, apresentamos Henry Darger, o pintor e escritor que era faxineiro e criava, nas horas vagas, mundos que despertam estranhamentos e transportes para outras zonas. Em resumo, que transmitem uma verdade. Nem que seja a verdade dos contos de fadas.
UPDATE (10/07): e não é que o Zidane cobrou um pênalti a la Panenka na final da copa?

Arquivo do blog