Neste Natal, velhas placas de computador são recicladas num jogo de bricolagem chamado de “reuso adaptativo”. Interessante o título que Bruce Sterling deu ao tema: The Ruins of the Unsustainable are the New Frontier. O que seria preferível, neste contexto: a desordem da inconsistência ou a ordem da intensidade (segundo entrevista de Alain Badiou na última Artforum)?
15.12.06
13.12.06
Cidade Cenário 2
A cidade de Tativille (acima), nascida para Play Time, foi desmantelada aos poucos, o que não aconteceu com as casas lunares (abaixo) de Matmata, na Tunísia, construídas para o cenário de Star Wars. Os estúdios Hollywood perenizaram a idéia de cidade cenográfica, levada ao paroxismo por Jacques Tati e Eugene Roman.
11.12.06
Akasha Cibernética
Volume é uma escultura de luz e som criada pelo grupo United Visual Artists. Atualmente, está no Victoria and Albert Museum. E Dune 4.0 é um cipoal de fibras ópticas criado por Daan Roosegaarde. São obras que reagem à presença do púbico, portanto, exploram o conceito de equilíbrio dinâmico, tão caro à cibernética clássica. As duas obras incitam a pergunta: estaria havendo algo mais que um simples revival da cibernética? Um movimento em direção aos princípios básicos que regem o espaço tecnológico em que vivemos? Ou é uma prova da existência dos registros de Akasha, uma coleção de conhecimentos místicos armazenados no éter e acessível a todos os criativos. Coincidências de expressões em espaços antípodas são explicáveis pelos registros...
7.12.06
Lúlio em Alta
Que nos perdoe Nick Currie, mas a cultura da remixagem pode ser a salvação do século 21, período em que a produção de subjetividade já não comporta mais apenas o diálogo (transversalização) e a experiência cultural própria (autoreferencial) – nos termos de Felix Guattari. A própria idéia de término já não basta aos criativos. Nem de sobreposição. Nem de justaposição. Tudo é o rio de Heráclito, a começar pela cultura. Nada garante ao coração do esperto escocês que a recombinação de Something vá despertar uma reminiscência proustiana. A remixagem de Mary Poppins – que virou um trailer de horror apavorante – é de um brilhantismo ímpar e ilustra bem o novo campo de possibilidades das recombinações. O que virá na seqüência? Nem Deus sabe. Desta forma, vem a calhar, dentro desta linha de percepção, o tema do transmediale 0.7...
4.12.06
Nassau em Alta
Recife é capital cultural, sim. Não adianta argumentos contra. Há uma incomparável efervescência cultural na Veneza Brasileira, raro de se encontrar em outros pontos de Pindorama. O cavalo-marinho de Mestre Salu, na Cidade Tabajara, concilia o som da rabeca - que, apesar da contagem de cordas, estranhamente remete a uma sonoridade das valsas do Tennessee - com tiradas clown e filigranadas coreografias. No mesmo espaço dos brincantes poderiam circular tranquilamente o Sotalia fluviatilis e o Anmoropral Delphinus delphis Uram (imagem abaixo), o Forró in the Dark e o Limão com Mel, a calunga do Maracatu e o andróide de Johnnie Walker, o Soft Cinema e o Cinema Vertical, o bairro da Bomba do Hemetério e o Google Bomb... Agenciamentos que já se concretizaram de forma empírica, como por exemplo, na parceria entre o Canal Contemporâneo e o Portal Dois Pontos no projeto documenta 12 magazines.
Na semana passada aconteceu o Seminário Arte & Tecnologia, fruto de uma parceria do Centro de Formação em Artes Visuais, da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, e o C.E.S.A.R, que dispensa apresentações. A simplicidade das mesas facilitou a propagação das idéias de André Lemos, Flávio Emanuel, Guilherme Kujawski, Eduardo Souza, Lucas Bambozzi e h.d. mabuse. Na mesa Curadoria e Produção, um rompante de metodologias e anti-metodologias. Na mesa Produção Artística, fundamentos de net e locative art. Na mesa Autoria e Redes, realidades aumentadas e concentradas. Ao final, uma mesa redonda sobre materialidade da obra de arte tecnológica, autoria coletiva, Disney e Grimm, templo de Ise... Para complementar, várias oficinas de Pure Data, o MAX/MSP de código aberto que está sendo recombinado pelo C.E.S.A.R.
UPDATE (5/12): Faltou comentar um assunto importante. h.d. mabuse manda avisar que já está funcionando a tyba, uma comunidade aberta de música e artes visuais (segundo o Wikcionário, tyba "denota idéia de coletivo"). Nos termos do sítio, o projeto é um ambiente aberto de encontro para o trabalho em rede, aprofundamento da reflexão, compartilhamento de histórias, lições aprendidas e melhores práticas na busca da transformação social de América Latina na direção do desenvolvimento sustentável da região. Todos estão convocados.
Na semana passada aconteceu o Seminário Arte & Tecnologia, fruto de uma parceria do Centro de Formação em Artes Visuais, da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, e o C.E.S.A.R, que dispensa apresentações. A simplicidade das mesas facilitou a propagação das idéias de André Lemos, Flávio Emanuel, Guilherme Kujawski, Eduardo Souza, Lucas Bambozzi e h.d. mabuse. Na mesa Curadoria e Produção, um rompante de metodologias e anti-metodologias. Na mesa Produção Artística, fundamentos de net e locative art. Na mesa Autoria e Redes, realidades aumentadas e concentradas. Ao final, uma mesa redonda sobre materialidade da obra de arte tecnológica, autoria coletiva, Disney e Grimm, templo de Ise... Para complementar, várias oficinas de Pure Data, o MAX/MSP de código aberto que está sendo recombinado pelo C.E.S.A.R.
UPDATE (5/12): Faltou comentar um assunto importante. h.d. mabuse manda avisar que já está funcionando a tyba, uma comunidade aberta de música e artes visuais (segundo o Wikcionário, tyba "denota idéia de coletivo"). Nos termos do sítio, o projeto é um ambiente aberto de encontro para o trabalho em rede, aprofundamento da reflexão, compartilhamento de histórias, lições aprendidas e melhores práticas na busca da transformação social de América Latina na direção do desenvolvimento sustentável da região. Todos estão convocados.
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