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Que nos perdoe Nick Currie, mas a cultura da remixagem pode ser a salvação do século 21, período em que a produção de subjetividade já não comporta mais apenas o diálogo (transversalização) e a experiência cultural própria (autoreferencial) – nos termos de Felix Guattari. A própria idéia de término já não basta aos criativos. Nem de sobreposição. Nem de justaposição. Tudo é o rio de Heráclito, a começar pela cultura. Nada garante ao coração do esperto escocês que a recombinação de Something vá despertar uma reminiscência proustiana. A remixagem de Mary Poppins – que virou um trailer de horror apavorante – é de um brilhantismo ímpar e ilustra bem o novo campo de possibilidades das recombinações. O que virá na seqüência? Nem Deus sabe. Desta forma, vem a calhar, dentro desta linha de percepção, o tema do transmediale 0.7...
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