10.1.08

Eu, Ele, Tu

Bom ano novo, leitores e leitoras! O primeiro post de 2008 tem relação com a nossa singela campanha ARTE TECNOLÓGICA TAMBÉM É ARTE CONTEMPORÂNEA e foi inspirada num post do blog Networked_Performance que aponta para um texto de 2005 de Jacob Lillemose. A epígrafe, de Steve Dietz, já indica o que vem pela frente: Curating new media is just like curating any contemporary art, only different. Vale à pena ler na íntegra. O que o autor sugere, em suma, é que o elo entre arte contemporânea e arte tecnológica seja efetuado por meio do conceito de “imaterialidade”. Sim, há que se encontrar essa terceira via, ou, a segunda pessoa, pegando uma carona na ótima conceituação de Eduardo Viveiros de Castro sobre a unidade transespecífica do espírito: "Seguindo a analogia com a série pronominal (Benveniste 1966a,b), vê-se que, entre o eu reflexivo da cultura (gerador do conceito de alma ou espírito) e o ele impessoal da natureza (marcador da relação com a alteridade corpórea), há uma posição faltante, a do tu, a segunda pessoa, ou o outro tomado como outro sujeito, cujo ponto de vista serve de eco latente ao do eu" (in A Inconstância da Alma Selvagem). A imagem que ilustra o texto é do trabalho First Person Movements, de Andrei R. Thomaz.