3.8.08
¡Viva la Muerte!
Um blitzkrieg contra a exposição de Duchamp no Museu de Arte Moderna de São Paulo foi perpetrado hoje na Folha de São Paulo. O mais insidioso partiu de um teatrólogo germano-brasileiro que, depois de desenvolver diatribes sobre a inutilidade de se montar uma exposição como essa, terminou o ataque com a frase: A ARTE ESTÁ MORTA (em caixa alta mesmo). Será mesmo? O paradoxo da morte da arte já foi parcialmente resolvido com a proposta do teórico Hubert Damisch, que se valeu da teoria dos jogos para concluir que “se a partida ‘pintura modernista’ está concluída, não significa necessariamente que o jogo ‘pintura’ está acabado” (citado por Yve-Alain Bois no texto “Pintura: a Tarefa do Luto”, Revista do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais ECA/USP, 2006). Sejamos menos historicistas (por que não se inventa a história?, aconselhava Musil). Fujamos desse ramerrão de decretar a morte de seja lá o que for! Bola para frente! (imagem acima do imortal José Guadalupe Posada)