28.7.09

Pisca-pisca

A matéria de hoje sobre o mercado de arte tecnológica na Folha Ilustrada provou somente uma coisa: a crítica de arte brasileira carece de uma axiologia. É nítida a falta de um arcabouço de valor aos “caquéticos guardiões do Pensamento Oficial” (Maffesoli) do jornalismo cultural. O autor em questão cometeu um texto no qual afirma que as expressões artísticas com novas tecnologias “piscam, giram, transmitem dados, imagens, sons em tempo real - em geral tudo muito colorido”. Redução? Não, indolência mesmo. A matéria é a prova cabal de uma ausência. Simples assim. Quod erat demonstrandum. O esperneio não é fruto de crise persecutória: se há alguma teoria conspiratória contra a arte tecnológica, foi provavelmente articulada por Mark Lombardi...