
No dia 10, as curadoras da exposição "Cinético_Digital" vão discursar sobre a exposição com o objetivo de apagar um mal entendido que saiu na Folha no dia 16 de julho. Segundo a crítica publicada, a incorporação dos objetos cinéticos de Palatnik dentro da categoria "instalações" era por demais forçada. João Domingues, do Canal Contemporâneo, publicou um texto das curadoras bastante esclarecedor, no qual há o seguinte trecho: No módulo instalações, são os trabalhos de Abraham Palatnik (1928) que iniciam o percurso do visitante. O princípio orientador do módulo diz respeito às propostas de mediação entre obra e receptor, pensadas desde a arte cinética. Quando começou sua pesquisa cinética no contexto da arte, Palatnik estava experimentando novos caminhos sobre as relações sensoriais e perceptivas entre obra e espectador. Devido a esse fato, suas idéias passaram a ser referências fundamentais na criação da arte interativa. Nos cinéticos de Palatnik, o movimento real da própria obra, construído por meio de artefatos industriais-mecânicos, é utilizado como princípio poético. Este é perseguido na intenção de provocar diferentes modos de organização da sensibilidade, os quais visam capturar o receptor por meio da renovação de práticas receptivas. Nada como uma cor-luz no final do túnel...