17.2.08

Remontagens

Talvez a primeira “wearable art” que se tem notícia, o quimono tecnológico “Electric Dress” (1957), de Atsuko Tanaka (abaixo) dialoga com “Fatherboard, the Superavatar” (2007), de Luigi Pagliarini (acima), um avatar que “escapou” do mundo virtual para conviver com os humanos (será que ele vai nos convidar para comer parafusos ao molho de óleo diesel, como queriam os futuristas?). Apesar de estar fora do contexto da negação (Robert Rauschenberg apagando De Kooning e irmãos Chapman distorcendo Goya), dá para citar um trecho de Teixeira Coelho no livro Coleção Itaú Contemporâneo: Para sorte do sistema da arte, que com isso se reforça, a memória das coisas da arte é fraca e novos escândalos se produzem a cada nova ação de negação da arte, por mais análoga que seja a alguma negação anterior.

UPDATE (18/02): incluir na negação o que fizeram com o condottieri de Urbino na última capa da revista Piauí. Sobre as duas obras de wearable art, substituir no texto de Teixeira a palavra "negação" por "afirmação".