China E-motion

A bienal Emoção Art.ficial foi matéria da Art World Magazine, uma das principais revistas de arte contemporânea da China, com tiragem de 60.000 exemplares mensais (nada mal para uma revista de arte, mas para os padrões chineses, nunca se sabe).

EA5 no WMMNA!

Antes tarde do que nunca... A simpática Régine Debatty, editora do site We Make Money Not Art, esteve no Brasil a convite do FILE e deu uma passada na exposição Emoção Art.ficial 5.0 - Autonomia Cibernética. Suas impressões (neutras, objetivas) foram ao ar no dia 14 de Setembro. Mesmo que seja "póstumo", o post é vital, pois é uma visão extrínseca de como o Brasil concebe e produz exposições de arte tecnológica.

Mecânico e Digital

Tecnologias mecânicas são baseadas em noções de autonomia, como o (auto)móvel, por exemplo. Elas pressupõem um uso instrumental em que os seres humanos são agentes autônomos que as utilizam conforme seus planos. Por outro lado, as tecnologias digitais funcionam em um nível muito mais complexo, onde os papéis são invertidos. É o reino do imprevisto, da chance, do inesperado e do entrópico. De acordo com a segunda lei da termodinâmica, a quantidade de entropia de qualquer sistema isolado tende a aumentar com o passar do tempo. Quando um dos sistemas (o mecânico) interage com outro (o digital), a energia de ambos tende a alcançar um equilíbrio. E é exatamente na interação entre os dois que surge uma interface, o “locus” onde fantasias de diversos tipos se realizam… (statement de @kuja para o HTTPVideo 2010)

Fixion (ficção/fixação)

Uma das principais características de Walmor Corrêa, artista plástico baseado em Porto Alegre, é a geração de universos fictícios, representados com toda a glória dos detalhes (biológicos, mais especificamente). Esse tipo de produção desperta uma cornucópia de lembranças, como os dinossauros em meio a arquitetura monolítica de Jean Pascal Flavien e a exposição The Science of Imagination. O artista fará palestra e apresentação de portfólio no próximo sábado, 21 de agosto, às 19h30, no Itaú Cultural, como parte do evento Invisibilidades III.

G Force

Força-Tarefa Neo-Cibernética (Paul Pangaro e Guilherme Kujawski na última mesa do Simpósio Emoção Art.ficial 5.0 - Autonomia Cibernética)
UPDATE (20/07): "G" de Gordon Pask
UPDATE (idem): I wanted to let you know that I put up a page about my involvement with Itaulab. While I mentioned Itaulab a few times, the heading is "Emoção Art.ficial's Cybernetic Triology". (Ok, Paul!)

My Own Private Oklahoma

O Município do Rio de Janeiro selecionará profissionais das artes plásticas, audiovisuais, design e/ou arquitetura que elaborem trabalhos explorando novas mídias e tecnologias, conforme Aviso publicado no D.O. do Município de 24/06 à pág. 176.

Serão selecionados artistas para participarem do processo de seleção para a Bienal Mundial de Criatividade 2010, a ser realizada na cidade de Oklahoma (EUA) em Outubro de 2010 com o tema New Processes, New Approaches, New Art (Novos Processos, Novas Abordagens, Nova Arte). Dos artistas indicados, 02 serão selecionados pela organização da Bienal e terão seus trabalhos expostos na cidade de Oklahoma durante 03 meses, além de integrar o material gráfico e de identidade visual do Fórum Mundial de Criatividade (a ser realizado na mesma ocasião).

A data final para recebimento será o dia 05 de Julho de 2010.

A Bienal é realizada pela rede Flanders DC (Districts of Creativity), e trabalha a relação entre novas tecnologias e os novos processos de criação artística, a partir de novos materiais e novas mídias, com o objetivo de introduzir os novos conceitos e abordagens estéticas resultantes desses processos.

Os projetos deverão ser encaminhados à Subsecretaria Municipal de Patrimônio Cultural, Intervenção Urbana, Arquitetura e Design, situada à rua Gago Coutinho, nº 52, Laranjeiras - 3º andar - Rio de Janeiro / RJ.

Maiores informações através do email centrocariocadesign@gmail.com

Maiores informações com Paula de Oliveira Camargo (Secretaria Municipal de Cultura
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro) [+55 21 2555 8042 . 9348 4452]

Artist Leonel Moura creates a new version of the theatre play RUR with robots

R.U.R., Rossum’s Universal Robots is a classic playwright written by Karel Capek in the 20's in which the word ROBOT was coined. Men and robots clash resulting in the extermination of mankind and the emergence of robots as a new dominant species. The play was always staged with human actor’s transvestite as robots. Moura’s new version displays, for the first time, real robots interacting on stage with human actors. RUR, the birth of the robot, debuts in August at the Itáu Cultural, São Paulo, Brazil. It will tour in Brazil, Spain, Portugal and probably other countries.

Pecha Kucha - São Paulo

Nota-se certa volição da parte de habitantes da cidade de São Paulo por maneiras alternativas de exposição acadêmica, iniciativas em direção a um formato novo de apresentação de conceitos, hoje praticamente restrita a leituras de papers em simpósios. Por exemplo, no último dia 13, aconteceu no Masp o GloNet (parceria entre Vivo arte.mov, FutureEverything e British Council), evento inovador que merece atenção especial. No mesmo, ocorreram apresentações relâmpagos (nomeadas pela organização de "apresentações fogo-cruzado"), uma referência ao formato Pecha Kucha Night. A franquia do PKN-SP pertence a um dos integrantes do Itaulab, já que o escritório baseado em Tóquio não cede os direitos a pessoas jurídicas, apenas a físicas. Para que o formato ganhe escala na cidade, o integrante do Itaulab está abrindo mão da franquia para pessoas supra-instituição. Interessados, favor escrever para kuja@cibercultura.org.br
(UPDATE 27/05): Bastão passado. O PKN-SP agora é de outrem...

ACT NOW!

Notícia da semana: The Center for Advanced Visual Studies and the MIT Visual Arts Program have merged to become the MIT Program in Art, Culture and Technology (ACT). (...) The program considers artistic practice to be knowledge production. (...) ACT curriculum includes courses in 'Production of Space,' 'Interrogative Design,' 'Networked Cultures,' and 'Contemporary Curatorial Practice,' among others. (...) ACT Faculty are world-renowned with active, international careers and a strong interest in cross-disciplinary debate, research, and modes of production (e.g. Ute Meta Bauer, Krzysztof Wodiczko, Joan Jonas, Gediminas Urbonas, Antoni Muntadas). (...) ACT research fellows and affiliates engage with students and faculty on long term thematic research clusters in the field of art, culture and technology, such as 'Interrogative Design Group,' 'Mobile act lab,' 'Artistic research and transdisciplinary collaboration,' and 'Future of Body/Multiple Senses' to name a few. The program's 'Future Archive Project' is transforming the archives of the Center for Advanced Visual Studies at MIT into an active location for research and scholarship in issues of archiving and disseminating time-based works of art. ACT is well situated for this project given the 40-year history of the Center for Advanced Visual Studies in the creative use of new and technologically advanced materials, and in collaboration among artists, historians, technologists, and others in the MIT community and beyond. No evento de celebração, haverá um Pecha Kucha com estudantes e uma apresentação de portfólio de Joan Jonas, introduzida por Okwui Enwezor.

Internet Open Source

Ronaldo Lemos anuncia que:

A Fundação Mozilla fará o lançamento amanhã, dia 18 de março, às 16h, do projeto Mozilla Drumbeat. O diretor executivo da Fundação Mozilla, Mark Surman, estará presente no lançamento, realizado em conjunto com Centro de Tecnologia e Sociedade. O Mozilla Drumbeat está construindo uma rede global de empreendedores, apoiando projetos para promover uma Internet mais aberta e participativa. Mais informações aqui e aqui. Para participar, basta enviar um e-mail confirmando com Bruno Magrani (bmagrani@mozilla.com)

Deus Curador

Simplesmente a melhor sacada sobre a vastamente discutida atividade curatorial. Encontrado na sessão de notas do livro “On Belief” de Slavoj Zizek:

In the contemporary art enterprise, the curator seems to play a role uncannily similar to that of Christ: is he not also a kind of “vanishing mediator” between the Artist-Creator (“God”) and the community of the public (“believers”)? This new role of the curator in the last decades hinges on two interconnected processes. On the one hand, works of art themselves have lost their innocence: an artist no longer just spontaneously creates and leaves to the other the interpretation of what he does – the reference to the future (theoretical) interpretation is already part of his immediate artistic production, so that the temporal loop is closed, and the author’s work is a kind of preemptive strike, dialoguing with, responding in advance to, its future imagined interpretations. These potential interpretations are embodied in the figure of the Curator; he is the transferential subject for the artists themselves – he does not simply collect preexisting works, these works are already created with the Curator in view, their ideal interpreter (more and more, he even directly solicits or employs artists to execute his vision). On the other hand, it is a fact that, at today’s large exhibitions, the broad public no longer has the time to “slow down” and really immerse itself in the vast collection of works – the problem here is not so much that they do not get what is going on, that they need some explanation, but that today’s artworks can no longer be directly experienced with the intensity that bears witness to a strong impact of the work itself. So, for this broad public, the Curator is not so much the interpreter as the ideal passive viewer who was still able to “slow down,” to take time and experience all the works as a passive viewer. The public then plays the intellectually well-versed spectators who, while having neither the time nor the ability to fully immerse themselves into the proper passive experience of the work, exchange witty quasi-theoretical remarks or opinions, leaving the direct experience of the work to the Curator as the Subject Supposed to Experience the work of art.

Cantemos Juntos:

"I will not make any more boring art" (por John Baldessari)

Guerras Sônicas + @itaulab

Acima, imagem de Sound Pavilion (2009), de Doug Aitken, instalação sonora localizada em Inhotim, MG, que consiste num furo no solo de 200 metros de profundidade onde foram instalados microfones de alta sensibilidade que captam ruídos do interior da Terra. Enquanto isso, no Arizona, recentes experiências mostraram que, ao ouvirem o som amplificado de seu próprio ruído, o besouro do olmo (Scolytus scolytus) foge da árvore que está devorando. Com a devida licença poética, bem que os ruídos de Aitken poderiam neutralizar terremotos.
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