15.12.06
Reuso no Natal
13.12.06
Cidade Cenário 2


11.12.06
Akasha Cibernética
7.12.06
Lúlio em Alta

Que nos perdoe Nick Currie, mas a cultura da remixagem pode ser a salvação do século 21, período em que a produção de subjetividade já não comporta mais apenas o diálogo (transversalização) e a experiência cultural própria (autoreferencial) – nos termos de Felix Guattari. A própria idéia de término já não basta aos criativos. Nem de sobreposição. Nem de justaposição. Tudo é o rio de Heráclito, a começar pela cultura. Nada garante ao coração do esperto escocês que a recombinação de Something vá despertar uma reminiscência proustiana. A remixagem de Mary Poppins – que virou um trailer de horror apavorante – é de um brilhantismo ímpar e ilustra bem o novo campo de possibilidades das recombinações. O que virá na seqüência? Nem Deus sabe. Desta forma, vem a calhar, dentro desta linha de percepção, o tema do transmediale 0.7...

4.12.06
Nassau em Alta
Recife é capital cultural, sim. Não adianta argumentos contra. Há uma incomparável efervescência cultural na Veneza Brasileira, raro de se encontrar em outros pontos de Pindorama. O cavalo-marinho de Mestre Salu, na Cidade Tabajara, concilia o som da rabeca - que, apesar da contagem de cordas, estranhamente remete a uma sonoridade das valsas do Tennessee - com tiradas clown e filigranadas coreografias. No mesmo espaço dos brincantes poderiam circular tranquilamente o Sotalia fluviatilis e o Anmoropral Delphinus delphis Uram (imagem abaixo), o Forró in the Dark e o Limão com Mel, a calunga do Maracatu e o andróide de Johnnie Walker, o Soft Cinema e o Cinema Vertical, o bairro da Bomba do Hemetério e o Google Bomb... Agenciamentos que já se concretizaram de forma empírica, como por exemplo, na parceria entre o Canal Contemporâneo e o Portal Dois Pontos no projeto documenta 12 magazines.

Na semana passada aconteceu o Seminário Arte & Tecnologia, fruto de uma parceria do Centro de Formação em Artes Visuais, da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, e o C.E.S.A.R, que dispensa apresentações. A simplicidade das mesas facilitou a propagação das idéias de André Lemos, Flávio Emanuel, Guilherme Kujawski, Eduardo Souza, Lucas Bambozzi e h.d. mabuse. Na mesa Curadoria e Produção, um rompante de metodologias e anti-metodologias. Na mesa Produção Artística, fundamentos de net e locative art. Na mesa Autoria e Redes, realidades aumentadas e concentradas. Ao final, uma mesa redonda sobre materialidade da obra de arte tecnológica, autoria coletiva, Disney e Grimm, templo de Ise... Para complementar, várias oficinas de Pure Data, o MAX/MSP de código aberto que está sendo recombinado pelo C.E.S.A.R.
UPDATE (5/12): Faltou comentar um assunto importante. h.d. mabuse manda avisar que já está funcionando a tyba, uma comunidade aberta de música e artes visuais (segundo o Wikcionário, tyba "denota idéia de coletivo"). Nos termos do sítio, o projeto é um ambiente aberto de encontro para o trabalho em rede, aprofundamento da reflexão, compartilhamento de histórias, lições aprendidas e melhores práticas na busca da transformação social de América Latina na direção do desenvolvimento sustentável da região. Todos estão convocados.
Na semana passada aconteceu o Seminário Arte & Tecnologia, fruto de uma parceria do Centro de Formação em Artes Visuais, da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, e o C.E.S.A.R, que dispensa apresentações. A simplicidade das mesas facilitou a propagação das idéias de André Lemos, Flávio Emanuel, Guilherme Kujawski, Eduardo Souza, Lucas Bambozzi e h.d. mabuse. Na mesa Curadoria e Produção, um rompante de metodologias e anti-metodologias. Na mesa Produção Artística, fundamentos de net e locative art. Na mesa Autoria e Redes, realidades aumentadas e concentradas. Ao final, uma mesa redonda sobre materialidade da obra de arte tecnológica, autoria coletiva, Disney e Grimm, templo de Ise... Para complementar, várias oficinas de Pure Data, o MAX/MSP de código aberto que está sendo recombinado pelo C.E.S.A.R.
UPDATE (5/12): Faltou comentar um assunto importante. h.d. mabuse manda avisar que já está funcionando a tyba, uma comunidade aberta de música e artes visuais (segundo o Wikcionário, tyba "denota idéia de coletivo"). Nos termos do sítio, o projeto é um ambiente aberto de encontro para o trabalho em rede, aprofundamento da reflexão, compartilhamento de histórias, lições aprendidas e melhores práticas na busca da transformação social de América Latina na direção do desenvolvimento sustentável da região. Todos estão convocados.
28.11.06
Mágicos da Terra



[No segundo diagrama], o nativo (N), ao contrário, não possui capacidade inventiva. Ele mantém uma relação direta e literal com sua cultura. O máximo que lhe é concedido é a condição de ‘sujeito’ e não mais a de ‘objeto’.
Voltamos, então, para Ana Leticia Fialho, que coincidentemente divide em duas "categorias" os discursos curatoriais (ou "metadiscursos", segundo a definição da artista e curadora Martha Rosler). No discurso da assimilação/homogeneização, o elemento nacional deve desaparecer, sendo válidos somente os critérios estéticos, supostamente atemporais e universais. Já o discurso da diferença baseia-se na afirmação de características nacionais, regionais ou locais; no elogio da mestiçagem, do multiculturalismo ou até mesmo do exotismo.


26.11.06
Tecnologia e Técnica

Na escultura cinética de Jeff Lieberman, uma lâmpada modificada estabiliza-se no ar por meio de um sistema de feedback. Além disso, ela se acende graças a uma espécie de transmissão wireless, oriunda dos circuitos dispostos na base da escultura. Abaixo, um exemplo de produção popular no Brasil, um utensílio construído a partir de uma lâmpada (fonte: revista RAIZ #4). O contraponto ilustra a discussão sobre a "arte pela arte" e sobre como pode a arte tecnológica revitalizar a "necessidade”, fator encontrado no que é convencionalmente chamado de “artesanato". Afinal, a tecnologia e a técnica não são irmãs separadas no nascedouro?

24.11.06
Pizza Aumentada

21.11.06
Cyber'n'Ethics

19.11.06
No Leviatã

16.11.06
The Athrocity Exhibition


Games e Guerra

Segundo a descrição, a exposição ATARI COLD WAR pretende representar a realidade sociopolítica do ocidente no final do século 20 por meio dos videogames. O conceito é muito bom. Há uma resenha em CIBERCULTURA que trata de relance sobre esse assunto.
9.11.06
Fantasma na Máquina

Alguns comentários sobre o Simpósio Fiat 30+, que terminou ontem em São Paulo. Ao citar o projeto Google Will Eat Itself (aquele que pretende criar um círculo vicioso entre as comissões do AdSense e as ações da empresa Google, tornando-a um fagócito que devora-se a si mesmo), Mathew Fuller proferiu o termo “memética de segunda ordem” (uma referência à cibernética de segunda ordem?), ou seja, o meme da empresa (apud Richard Dawkins) seria transformado num canibal que come a própria cauda no campo da cultura. Tirante um pequeno pau, a vídeo conferência de Ray Kurzweil desenrolou-se sem maiores problemas. O Teleportec comportou-se relativamente bem (imagem acima). Já as previsões do autor de The Age of Spiritual Machines têm denoument e data certa para ocorrer. O desaparecimento do computador e o download de mentes, por exemplo, continuam fazendo parte de seu cardápio doidivanas. O exercício é válido, mas o Medgadget tem mais apelo. Outro ponto forte foi a palestra de Ulpiano de Meneses, que falou em “privatização da memória” (grandiosa expressão!). Ah! Ficamos sabendo que Lucas Bambozzi tem a mesma opinião que Fred Forest sobre a Bienal de São Paulo (ver post abaixo).
Vivendo Junto

Publicamos em primeira mão o provocativo texto de Etienne Boulba, crítico independente de arte, sobre a Bienal 3000 de São Paulo, o último prank de Fred Forest.
A Bienal 3000 de São Paulo é um acontecimento que ficará na história da arte como um novo modelo para sua produção, difusão e relação com o público na sociedade da informação e comunicação, na qual vivemos.
A Bienal 3000 é uma Bienal planetária, digital, participativa e prospectiva que ocorre no espaço físico do MAC (Museu de arte Contemporânea de São Paulo) e no espaço virtual da Internet.
Diversos críticos de arte reunidos em Paris para seu Congresso Internacional em outubro de 2006 já a reconheceram sua importância. Além da 27ª Bienal que foi seu ponto de ancoragem, a Bienal 3000 de São Paulo questiona criticamente os circuitos da arte contemporânea e seu funcionamento. Em 1º de novembro de 2006 a ação Bienal 3000, concebida e realizada por Fred Forest, simultânea à 27ª Bienal oficial de São Paulo, já pode ser considerada um sucesso especial. Deve-se notar que este projeto continuará a se desenvolver até dia 15 de dezembro de 2006. Por conseguinte, pela comunicação viral induzida pelo artista na Internet através de suas próprias redes, este sucesso ainda não pôde atingir dimensão ainda mais importante. Até agora houve mais de 1.000 participações, boa parte delas do Brasil e América Latina, mas também da França, Portugal, Canadá, Bélgica, Itália, Eslovênia, Áustria, Polônia, etc. São pinturas, desenhos, fotos, vídeos, performances, esculturas, poemas e uma reflexão teórica sobre arte que indicam uma ampla diversidade de disciplinas representadas.
Tal participação já seria em si expressiva, mas o que chama a atenção é, de modo global, a própria "qualidade" das obras propostas pelos internautas! A experiência de Fred Forest é uma experiência enriquecedora na medida em que ela nos permite questionar, dentro da arte contemporânea, a pertinência dos julgamentos dos críticos (os curadores das bienais e outras manifestações) de quem decide, recusa ou ignora artistas que se candidatam a apresentar suas obras ao público.
O Congresso Internacional da AICA (Associação Internacional dos Críticos de Arte) que acabou há pouco em Paris, demonstra uma crise da profissão perante a dificuldade de seleção, que só cresce. O congresso percebe um deslocamento cada vez maior da estética para a sociologia e a antropologia. O problema que Forest quer marcar, ele que é doutor pela Sorbonne e tem assim respaldo para se manifestar sobre esta situação, do mesmo modo que um curador de qualquer exposição oficial, é a onipresença do mercado, seja em São Paulo, na Documenta de Kassel, na Bienal de Veneza ou na FIAC em Paris - o que contribui a prerrogativas e arbitrariedades que influenciam direta ou indiretamente a seleção de obras. Assim, seria a economia quem, em última instância, determinaria e legitimaria quais os valores simbólicos da sociedade contemporânea? Sabendo-nos breves, poderíamos dizer que não é mais Kant quem decide, ou Artur Danto, mas Bill Gates hoje e, amanhã, o Google!
Se a 27ª Bienal recorres a Roland Barthes para legitimar seu conceito fundador, se fosse para lançar mão da reflexão universitária francesa, ela poderia fazer o oposto e recorrer a outro filósofo, Jean Baudrillard, que teve a oportunidade de denunciar em alto e bom tom a arte contemporânea como uma impostura.
O segundo ponto que gostaríamos de notar é como a ação de Forest ressalta o fracasso desta 27ª Bienal que pretendia, sem prudência, e apoiada por propagandas e colóquios preparatórios, ser uma bienal popular, periférica, dispersa, etc. O resultado negativo é edificante e não serão dois ou três grupos político-sindicais, utilizados como álibis, que mudarão algo. Lisette Lagnado é muito mais inteligente que isso para saber que a questão da arte não é uma questão de bons sentimentos, mas de educação, do meio social e da transformação das superestruturas, como diria Marx. Neste caso não se trata de um filósofo do Colégio da França quem poderia mudar alguma coisa, de qualquer modo, um político à la Lula, se não o derrubam de seu pedestal.
A ação de Fred Forest pretende por sua demonstração crítica apontar para, de um lado, a arbitrariedade de escolha das bienais oficiais e, de outro, mostrar que as redes da Internet e seus espaços virtuais constituem-se como uma alternativa digital que pode sinalizar uma mudança cultural inexorável. Na ação de Forest, artistas reconhecidos e importantes também quiseram se manifestar. Foram os casos de Eduardo Kac, Clemente Padin, Maurice Benayoun, Miguel Chevalier, Lucas Bambozzi, Gilbertto Prado, Roland Baladi, Roland Sabatier, Jean-Noel Laszlo e dezenas de outros. Mas na Bienal 3000 também há numerosos outros artistas que jamais foram convidados para uma Bienal, cuja produção não deixa nada a desejar ao que vemos nas galerias de Nova York, Londres, Milão ou Berlim, ou mesmo em alguns museus de arte contemporânea que frequentemente se contentam em seguir o movimento e se enquadrar no mercado. Um mercado que, sob a forma do marketing cultural, faz e desfaz valores e reputações como em manipulações da bolsa.
Forest nos mostra, com a Bienal 3000, que vias alternativas se abrem a esses artistas agora, que capazes de por conta própria utilizar as tecnologias de comunicação. Em vão, Fred Forest pediu cortesmente a Lisette Lagnado a possibilidade de organizar com ela um debate público sobre essas questões, mas a única resposta da curadora da 27ª Bienal, até agora, é uma recusa silenciosa, prudente e envergonhada.
Enfim, para finalizar, é importante dizer que Fred Forest fez uma instalação no MAC com um dispositivo pelo qual sua Bienal do Ano 3000, de maneira minimalista, permite por um minúsculo orifício, que se descubra a imensidão do mundo. A imensidão de um mundo infinito, onde imagens, sons, palavras, vídeos, propagam-se por um espaço virtual apropriado pela arte atual. Se a 27ª Bienal oficial de São Paulo não apresenta sequer uma instalação ligada à Internet, Fred Forest mostra que ele, sim, conseguiu realizar uma Bienal popular, periférica e dissolvida que a Bienal oficial tanto quis realizar. Será preciso esperar que este ensinamento seja apropriado pela Bienal oficial do ano 3000...
8.11.06
Multiplicai-vos

6.11.06
Estética e Política

ArtCal tem uma nota sobre a exposição Kapital, na Kent Gallery, Nova York. Segundo o blog, o tema da exposição pode ser resumido num wishful thinking de Joseph Beuys, para quem as superestruturas políticas e econômicas poderiam ser incrementadas por meio de linguagens artísticas. Há ligações mais que perigosas entre "Monte Carlo Bond" (acima), de Duchamp, e "On Translation" (abaixo), de Muntadas. O nosso dispositivo de reconhecimento de padrões capturou outras tendências de “embelezamento” de instituições, principalmente no que se refere à forma como elas praticam suas políticas. Segundo o texto Translate - Beyond Culture: The Politics of Translation, de Hito Steyerl (publicado originalmente num dos sites transversais do European Institute for Progressive Cultural Policies), a idéia de "tradução" pode transferir o velho modelo de comunidade da política para a esfera da estética. Já as cabeças reunidas em torno do projeto AACORN (Art, Aesthetics, Creativity & Organization Research Network) estudam maneiras de promover o campo das chamadas "estéticas organizacionais", lembrando-nos de que os problemas de uma empresa são, no fundo, problemas de design.

31.10.06
Pré-Web

25.10.06
Microcontos de FC

UPDATE (6/11): Carlos Seabra indica, nesta linha, o Portal dos Microcontos.
23.10.06
Piracicaba Alerta

16.10.06
10.10.06
Vela em Gravidade Zero

London Calling

9.10.06
Universo Meu

5.10.06
Grapixo

UPDATE (10/10): Mudança de datas! O coquetel de abertura será no dia 19, na Galeria Central (Rua Fortunato, 236, Sta. Cecília, São Paulo) e a abertura propriamente dita será em frente à Pinacoteca, no dia 21.
2.10.06
Nordeste Ativo

26.9.06
Forest e Ballard

UPDATE 1 (29/09): The novel is still largely a 19th-century form which has completely excluded … any consideration of the impact of science and technology on human beings from the main body of its work … most mainstream 20th-century novelists are still working with a 19th-century form that’s concerned not with dynamic societies but with static societies where social nuance is still important. Uma citação do escritor JG Ballard em 1991. Troque a palavra "novel" por "arte contemporânea" que tudo fica claro.
UPDATE 2 (1/10): Enquanto os EUA enterram o habeas corpus e o Brasil sobrevive a uma democracia folhetinesca, Fred Forest chama às armas todos os que se interessarem por algo que se assemelhe a uma "democratização da arte". Segundo o press release da Bienal do ano 3000: DE 7 DE OUTUBRO A 15 DE DEZEMBRO 2006, FRED FOREST CONVIDA OS NUMEROSOS ARTISTAS A PARTICIPAR DA BIENAL DO ANO 3000. UMA BIENAL NA QUAL OS ARTISTAS E OS CIDADÃOS TOMAM O PODER E EXERCEM SEU DIREITO À PALAVRA E À IMAGEM EM TODA LIBERDADE. SUA PRESENÇA, TANTO ATRAVÉS DE UMA IMAGEM OU DE UM TEXTO, OU DOS DOIS AO MESMO TEMPO, SERÁ ALTAMENTE SIGNIFICATIVA. FAÇA CIRCULAR ATIVIMENTE ESTA PROPOSTA EM TODAS SUAS REDES PESSOAIS. O SUCESSO DESSA INICIATIVA SERÁ TAMBÉM SEU PRÓPRIO SUCESSO E DEMONSTRARÁ A CAPACIDADE DOS ARTISTAS DE SE AUTO-ORGANIZAR, COM A AJUDA DAS FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO NUMÉRICA E DA INTERNET, DIANTE DOS DIFERENTES PODERES CULTURAIS E DO MERCADO PRESENTE. AS CONTRIBUIÇÕES SERÃO DIFUNDIDAS NO MAC, NO PARQUE IBIRAPUERA E REATUALIZADAS GRADATIVAMENTE.
13.9.06
Freak Show


As Sombras Sabem

6.9.06
Vídeos Seminais

29.8.06
Stucked

28.8.06
Mas Ela Se Move

Assinar:
Postagens (Atom)