Há muita discussão sobre a poética dos discursos curatoriais. Eles devem se justapor aos trabalhos, se arvorar em meta-discursos ou se restringir em instancias específicas? Uma coisa é certa: um discurso nunca se esgota em si mesmo, por melhor que a tese seja demonstrada. Tome-se como exemplo a exposição Gravity Art, em “cartaz” no TELIC Arts Exchange, em Los Angeles. O conceito é, com o perdão do entusiasmo, fantástico: explorar a força g como mídia. Estão lá Bas Jan Ader, Stelarc, Richard Serra e muitos outros. Mas, esperem aí... Não tem Yves Klein? “Le Saut dans le Vide” (imagem abaixo) não está lá? Ok. Isso redime o curador Rene Daalder? Sim, pois ele não precisava pegar um viés de space art, já que “um discurso curatorial não se esgota em si mesmo”. Mas que a ausência de Klein é um pouco constrangedora, isso é.