17.12.07
SimCity For Real
30.11.07
Vida (Artificial e Natural)
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28.11.07
Realismo Paralelo
18.11.07
16.11.07
Total
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15.11.07
Pintar o Trenzinho
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13.11.07
Labirintite Digital
8.11.07
Pop Surrealismo
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31.10.07
Rio or bust!
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30.10.07
Efeito Geleca
24.10.07
Brinquedos Densos
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17.10.07
Meda!
2.10.07
Hibernator
5.9.07
Vida!
23.8.07
Clássicos Pictóricos da Ficção Científica
2.8.07
FHC na Abadia Virtual
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30.7.07
Curto e Intenso
24.7.07
Dois Famosos Games com Roupagens Diferentes
19.7.07
A Onça e o Espelho
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7.7.07
Crise = Oportunidade
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UPDATE (17:52): A versão do Julian sobre esse ocorrido.
UPDATE (22:02): Aquela expressão citada por Julian ao final de sua palestra é Uncanny Valley, basicamente, um robô em forma humana causa menos empatia emocional que um personagem de desenho animado (realista ou não).
UPDATE (10/07): Hoje a Folha publicou a história (entrevista com Dibbell e Guest). Talvez pudessem ter explorado mais a presença virtual de Julian no evento, mas já está valendo.
29.6.07
Continuum Perpétuo
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Esse blog está meio parado ultimamente por um bom motivo: a preparação do evento Memória do Futuro, que comemora os 10 anos de arte e tecnologia no Itaú Cultural. Na base do pinga-gotas, informações e curiosidades serão inseridas aqui. Há uma expectativa especial em torno do simpósio, que contará com a participação de figuras emblemáticas. Julian Dibbell, por exemplo. A revista do New York Times publicou na semana passada um longo artigo dele sobre os "garimpos" da China, lugares que contratam jogadores de videogame para produzir a moeda do jogo, que é trocada por dinheiro real por gente de todo o planeta. Sem proselitismos: é imperdível.
Contextualizando o simpósio: Seja por motivos intuitivos ou psicológicos, o tempo sempre foi representado linear e cumulativamente ao longo da história. Destarte, passado, presente e futuro formam uma sucessão de momentos indivisíveis. Depois de Minkowski e Einstein, tempo e espaço uniram-se numa única entidade chamada de continuum – e os segmentos temporais, antes progressivos, se juntaram no presente absoluto. Tempos interligados e espaços comuns compõem um cenário no qual o instante é comprimido e as fronteiras nacionais são substituídas por espaços simbólicos. Ambientes virtuais, redes sociais, autorias colaborativas e sistemas complexos deságuam no continuum do novo milênio.
No dia 4 de Julho, o simpósio inicia-se com o key note Tempo e espaço, uma explanação do astrônomo brasileiro Ronaldo Rogério de Freitas Mourão acerca do continuum, conceito oriundo da física que se refere ao composto espaço-temporal e ao princípio do evento.
No dia 5 de Julho, a mesa Propriedades e espaços comunais vai refletir sobre o continuum do conhecimento. A lei de propriedade intelectual, tal como está, interrompe e evolução da conhecimento para assegurar direitos individuais. Qual é o sentido de se proibir a recomposição de conteúdos candidatos ao rol de bens simbólicos universais? A cultura, mais do que nunca, pede passagem; o direito de passagem (com Ronaldo Lemos e Ulpiano Toledo Bezerra de Meneses).
No dia 6 de Julho, o supracitado Dibbell, em conjunto com Eduardo Viveiros de Castro, fala sobre Universos e metaversos, uma reflexão sobre o continuum cultural (apud Ralph Linton). A cultura como uma espécie de alma do mundo, comum a todos os seres. É possível reunir a tendência multiculturalista da cultura ocidental com o multinaturalismo dos povos indígenas das Américas? Talvez isso já esteja ocorrendo dentro dos espaços múltiplos e interativos dos universos virtuais...
E, para fechar, no dia 7 de Julho, a mesa Controle e autonomia discutirá sobre o continuum desses dois elementos que, aparentemente, formam um oxímoro, mas que estão mais interligados do que nunca. A cibernética é a disciplina que estuda os sistemas – ou organismos – complexos e adaptativos. Rebate a incompatibilidade entre homens e máquinas, não os igualando, mas colocando-os sob o mesmo prisma. O que torna possível a percepção de sistemas complexos no reino animal, no mundo digital e, não menos importante, no campo político. Participam da mesa o ciberneticista brasileiro Isaac Epstein e a dupla Enrique Rivera e Catalina Holmgren, dois pesquisadores chilenos ligados ao instituto alemão ZKM e autores do projeto CyberSyn, que reconstitui por meio de uma instalação documental interativa o projeto de governo cibernético impulsionado por Salvador Allende e concebida pelo ciberneticista britânico Stafford Beer.
Feriado constitucionalista? Pense duas vezes...
16.6.07
Salvador or Bust!
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No próximo dia 20, o Itaulab vai estar em Salvador, a convite do Goethe-Institut Salvador e da Universidade Federal da Bahia, para participar do ciclo de debates CIBERCULTURA REMIX – CULTURA LIVRE NO SÉCULO XXI. Será proferida uma palestra intitulada "As Duas Sementes de Dragão", cujo resumo é: Pensadores de povos localizados na periferia dos mercados globais substituíram o discurso da dominação colonialista pelo discurso de dominação cultural. Não mais o capitalismo procura por novas forças de produção e mercados emergentes situados nas bordas, mas por recipientes de caldos culturais imperativos. A perspectiva está lançada. Mas resta-nos acatar ou rejeitar a imposição? Ou haveria um tertium quid para o problema? O texto a seguir é calcado na premissa de que a chamada cultura hegemônica ocidental gerou dois singulares rebentos, ou melhor, duas sementes de dragão: a Internet...
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7.6.07
Para a Sua Informação
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Os leitores devem ter notado o sumiço da revista CIBERCULTURA do novo site do Itaú Cultural. Há uma explicação científica para tal ocorrido, fundamentada no espírito de época. No próximo dia 19, o Itaulab lança a nova Enciclopédia de Arte e Tecnologia que reúne dois produtos: o Panorama de Arte e Tecnologia do Itaú Cultural e o veículo oficial do Itaulab. A nova enciclopédia é, portanto, um produto híbrido, mas que oferece novas funções para a participação do público e a formação de redes sociais.
Desde o iluminismo, as enciclopédias vêem exercendo um papel crítico na formação cultural da humanidade. Com o advento da Web 2.0, começa a configurar-se a tendência para dotar as enciclopédias de um modelo estrutural capaz de conglomerar as informações e, de quebra, descentralizar a elaboração de conteúdos. Os novos modelos, exemplificados na hoje respeitada Wikipedia, visam criar um ambiente colaborativo e favorecer a flutuação infinita das leituras possíveis, quer irradiando e cruzando os temas por elas tratados, quer reforçando o trabalho de indexação. Poderíamos afirmar que a os enciclopedistas deram lugar aos "wikipedistas"?
No dia 19, na sala vermelha do Instituto, essa pergunta será respondida por Lúcia Leão (dispensa apresentações) e Luis Henrique Fagundes, um dos responsáveis pela plataforma TikiWiki, a base da qual foi construída a nova enciclopédia. A dupla vai participar do debate que marcará o ponto de partida dessa nova aventura. Que Diderot e d'Alembert nos abençoem!
2.6.07
Ultima Peraltice de Hirst?
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20.5.07
O Monstro de Seul
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15.5.07
Universos e Metaversos
Há certas observações que não querem calar sobre o Second Life, o universo massivo que virou hype absoluto. A falta de criatividade arquitetônica, por exemplo, é uma limitação do programa interno de construção, o builder, "um programa primitivo (...), que possui apenas formas volumétricas básicas, como cubos, prismas e cones", segundo o designer uruguaio Fernando Vasquez (LINK, 14/05). Deve ser por esse motivo que largas porções do SL estão se transformando em verdadeiras "cidades fantasmas". Isso já foi martelado, inclusive nesse blog. Há outras considerações, mais antropológicas, a serem analisadas. Não é incrível que um universo virtual, onde as regras da sociedade real estão a anos luz de distância, reflita – de forma ampliada, suspeita-se – as mesmas normas de convivência? É o caso do "efeito elevador", por exemplo. Não são muito bem vistas e recebidas aproximações um tanto quanto excessivas, contatos visuais incisivos ou mesmo toques corporais não solicitados. É muito ocidental esse tipo de comportamento. Eurocêntrico, diríamos. O antropólogo italiano Massimo Canevacci – que passou ontem pelo Itaulab e gentilmente nos forneceu um texto, para a honra de CIBERCULTURA – tem o projeto de realizar missões etnológicas dentro do SL. Ele pretende criar um avatar chamado Malinowski II para realizar tal tarefa. Nada mais apropriado, já que o famoso antropólogo polonês era um funcionalista, isto é, acreditava que a práxis determina a cultura, e não vice-versa. Não apenas isso: para o funcionalismo, todas as ações, práticas e comportamentos humanos são determinados por impulsos biológicos básicos, justificados por interesses puramente econômicos. A proposta de Canevacci é deveras interessante. O produto não se tornou amplamente comoditizado? Mas fazemos uma contraproposta: não seria melhor criar o avatar Sahlins II? Ou um Viveiros II? Eles, com certeza, inverteriam a lógica da cultura e da razão prática. Colocariam um pouco mais de humanidade e subjetividade no Second Life. Independente das questões arquitetônicas e antropológicas vale muito à pena prestar atenção para as decorrências deste universo (ou metaverso?). Em breve, um call for performances...
2.5.07
Espelho Seu
Um dos traumas da cultura ocidental são as apropriações de conceitos, idéias, etc. Uma imagem mental é algo que se pode cercear como uma propriedade física? Uma das soluções para esse problema é reinstalar a noção de sincronicidade para justificar as coincidências simbólicas que ocorrem em tempos e espaços diferentes.
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O prólogo é para comentar sobre "A Invenção de Loren", peça da dramaturga e diretora Ana Roxo que estreou no espaço dos Satyros Dois, em São Paulo. Basicamente, o argumento é sobre uma empresa especializada em fornecer amigos imaginários para pessoas solitárias. Há um foco em mulheres virtuais, e um exemplo que vêm à cabeça é a Gazira Babeli. De qualquer modo, é absolutamente incrível a semelhança da dramaturgia com o projeto LOREN, THE TEXTUAL-WOMAN, de 1997. Não há uma acusação de plágio. Há apenas o desejo de entender a sincronicidade. Nada mais. Há também o desejo de comentar o fenômeno com a diretora. Ana Roxo: você está copiando (na acepção radioamadora)? Se sim, entre em contato, por favor.
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O prólogo é para comentar sobre "A Invenção de Loren", peça da dramaturga e diretora Ana Roxo que estreou no espaço dos Satyros Dois, em São Paulo. Basicamente, o argumento é sobre uma empresa especializada em fornecer amigos imaginários para pessoas solitárias. Há um foco em mulheres virtuais, e um exemplo que vêm à cabeça é a Gazira Babeli. De qualquer modo, é absolutamente incrível a semelhança da dramaturgia com o projeto LOREN, THE TEXTUAL-WOMAN, de 1997. Não há uma acusação de plágio. Há apenas o desejo de entender a sincronicidade. Nada mais. Há também o desejo de comentar o fenômeno com a diretora. Ana Roxo: você está copiando (na acepção radioamadora)? Se sim, entre em contato, por favor.
20.4.07
Endoscopia em Frutas
12.4.07
Abraço Simultâneo
3.4.07
Cibernética e Design
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30.3.07
Embate Criativo
UPDATE (22:00): o vídeo do Aeromamulengo é um ticker poético. Já o vídeo dos Cosplayers é para inspiração. Ambos vistos, de confesso, a posteriori. Aqui há mais (notar o outrocicloide).
28.3.07
Rubik Espelhado
23.3.07
Wonder Woman
21.3.07
Trangressão Pós-nacional
20.3.07
O Prank do Fim do Mundo
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MENSAGEM AOS HOMENS DE BOA VONTADE: NÃO SE ENCLAUSUREM NOS GRILHÕES DE SEUS COMPORTAMENTOS INCONSEQÜENTES E CRIMINOSOS. SALVEM URGENTEMENTE O NOSSO PLANETA!
É com a emissão de mensagens desse porte que Fred Forest inaugura seu mais recente prank na 1º Bienal del Fin del Mundo, que compreende uma instalação no farol e um terminal disposto em uma das celas do presídio de Ushuaia, na qual os visitantes poderão consultar um site na Internet e acionar os emissores de conclamações que pouco a pouco se multiplicarão sob a abóbada celeste.
O texto conceitual do projeto, enviado por Forest ao Blog do Itaulab, começa da seguinte forma: No topo das prioridades da ecologia está a mente e a inteligência, que juntas poderão nos conscientizar dos perigos iminentes que nós mesmos criamos, de modo que possamos garantir as condições mínimas de nossa própria sobrevivência durante toda a continuidade de um tempo eterno - um tempo que poderá ter a energia positiva do mundo e uma sabedoria ancestral. O farol de Ushuaia, postado como uma sentinela, emitirá incansavelmente seus sinais do Pólo Sul para o Pólo Norte. Essa progressão ocorrerá seguindo linhas flexíveis e moveis de ondas, que se multiplicarão até o infinito e acabarão por envolver o planeta inteiro com um véu invisível. Esse véu, tecido pela expressão coletiva dos homens de boa vontade, será como a túnica leve de um xamã dotado de poderes eletrônicos. Uma túnica que a partir de agora nos protegerá das tentações mortíferas da civilização: do ruído e do furor, da poluição, da violência, da fome indigna, do terrorismo, do fanatismo de todo tipo, da predação sistemática das riquezas naturais.
O impulso de mudar o vetor de fluxos culturais, expresso no termo "do Pólo Sul ao Pólo Norte", é a epítome dos novos anseios de difusão cultural, que contrariam os atuais fluxos de informação (ver imagem abaixo). O padrão hegemônico é descrito de forma lúcida por Moacir dos Anjos no livro Local/Global: Arte em Trânsito: Outra manifestação das estruturas hierarquizadas de poder que presidem os processos de transculturação é encontrada no caráter assimétrico dos fluxos de informação mundializados, muito mais volumosos no sentido das regiões centrais para as periféricas do que na direção oposta, o que faz com que as formas culturais criadas nas regiões que possuem hegemonia do processo de globalização sejam melhor difundidas e afirmadas mundialmente do que as ressignificações que delas são feitas a partir de culturas locais e, evidentemente, do que criações somente nestas assentadas.
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Mas as estratégias de Forest, que estão sendo desenvolvidas desde a década de 60, são mais "pé no chão", seja lá o que esse termo signifique lendo as seguintes linhas (e entrelinhas): A sentinela do fim do mundo, erguida entre o céu, o mar e a terra, lançará sua mensagem de sabedoria e de inteligência para que os homens, num último lampejo derradeiro, possam reconsiderar suas atitudes. A tecnologia - que vai deixar de ser um objeto de vigilância, opressão e morte - vai permitir que a sentinela do fim do mundo emita ondas "positivas". São ondas luminosas e sonoras que vão varrer o planeta em toda a sua extensão para iluminar as nossas mentes. Cada um poderá oferecer o seu corpo a essas ondas de fluxo benéfico conectando seu computador, qualquer que seja a posição em que se encontre em termos de latitude e longitude, seu local geográfico ou o país da Terra: Gaia, a mãe de todos nós.
O manifesto, proferido por outro que não fosse Fred Forest, soaria como uma logorréia new age. Mas dito pelo prankster
Lendo a primeira etapa do projeto, a sátira desvela seus contornos cínicos: um emissor de ondas curtas será instalado de modo simbólico no alto deste farol e divulgará uma mensagem gravada em várias línguas. Ou seja, a imanência da "obra" continua sendo transcendental. Na segunda etapa, será criado um site na Internet permitindo a divulgação mundial de uma mensagem ilustrada com a imagem deste farol, uma espécie de entidade mítica batizada de A Sentinela do Fim do Mundo. Por meio de uma animação gráfica superposta à foto, ondas concêntricas móveis emanarão da parte superior desta figura-tótem erguida no céu. Um botão interativo permitirá desencadear as ondas e outro inserir mensagens.
Mais uma vez, Forest se diverte e, ao mesmo tempo, combate.
19.3.07
Historiadores do Futuro
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18.3.07
Bacilos e Saúvas
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14.3.07
Fast Track
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